Sinopse
Estranhos uns dos outros, encontramos na vulnerabilidade coletiva a derradeira reciprocidade. Vivendo em cidades estrangeiras. O que nos distingue é o que nos permite sentirmo-nos em grupo, ligados por uma condição estranhamente paradoxal de atração e de repulsa. Apregoa-se a liberdade, elogia-se a emancipação. Mas revisitam-se ou criam-se novos fantasmas que alimentam a áspera sensação de ameaça e medo do estranho. Refazem-se fronteiras, nomeiam-se e exilam-se antigos e novos impuros. O sonho de pureza, de descontaminação dos eleitos, é revisitado sem cessar. Devolvendo-nos, implacavelmente, o desconforto da derradeira e estranha reciprocidade.
Ficha Artística
encenação e dramaturgia Ricardo Boléo
interpretação Carlos Vieira e Vítor Silva Costa
espaço cénico Eurico Lopes
desenho de luz Miguel Cruz
desenho de som Márcio Ferreira
fotografia Tomás Monteiro
assistência de encenação Sara Boléo
coprodução Em Nome do Caos e Teatro da Trindade INATEL